Quando se trata de educação, em geral, o termo lúdico refere-se às atividades potencializadoras da imaginação e da criação, capazes de promover o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, por meio de brincadeiras e jogos. Em qualquer etapa da educação, o lúdico pode funcionar como uma ferramenta facilitadora, que prepara os estudantes para lidar com aspectos da realidade social.
Na educação infantil, o lúdico se apresenta como importante instrumento pedagógico porque parte de recursos próprios do universo da criança. Essa abordagem contribui para o desenvolvimento da expressão, socialização e comunicação. As brincadeiras e jogos no processo de ensino favorecem a assimilação de conteúdos, a compreensão de informações, o amadurecimento psicomotor, a criatividade e a habilidade em tomar decisões.
Lúdico na educação infantil, segundo a BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais ao longo das etapas e modalidades da educação básica, pontua a centralidade do ato de brincar e suas interações como eixo estruturante para as aulas na educação infantil. A BNCC tem o propósito de assegurar às crianças os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se, como forma de atingir os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
O brincar muito além de um “passatempo”
Os jogos e as brincadeiras não devem ser encarados somente como fonte de divertimento para passar o tempo e gastar energia. Eles representam, sem dúvidas, a forma mais espontânea de despertar atenção para uma atividade. Por meio do brincar, as crianças têm a oportunidade de reproduzir o seu cotidiano através da linguagem lúdica e, desde cedo, são estimuladas a desenvolver a observação, a concentração, a coordenação e a imaginação.
O lúdico possibilita a aprendizagem e facilita a construção da autonomia. Nas fases iniciais, ele contribui essencialmente para o desenvolvimento emocional, coordenação motora, estímulo à resolução de problemas, sociabilidade e manifestação da criatividade. É preciso que tanto a escola quanto a família estejam conscientes de que a ludicidade traz enormes contribuições para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar.
No entanto, para que os recursos lúdicos possibilitem uma aprendizagem significativa dos conteúdos curriculares, é imprescindível que os educadores e equipe pedagógica planejem suas atividades com objetivos pré-estabelecidos a serem alcançados.
Como fica o lúdico diante das novas tecnologias?
No cenário atual, as crianças já nascem imersas em uma cultura onde a tecnologia está no centro das relações, o que naturalmente impacta nas formas de brincar e aprender. Os jogos virtuais e animações estão ganhando cada vez mais a atenção, enquanto brincadeiras e brinquedos tradicionais vem perdendo espaço. No entanto, os recursos lúdicos tradicionais e tecnológicos não são excludentes, juntos devem ser capazes de oferecer um processo de ensino-aprendizagem mais significativo e de maior qualidade.
De acordo com a BNCC, as crianças devem vivenciar e explorar o meio a sua volta, do qual as formas tecnológicas fazem parte. Ou seja, desde cedo as crianças devem apropriar-se das linguagens das tecnologias digitais e tornar-se fluentes em sua utilização. Através dos recursos tradicionais ou tecnológicos, as brincadeiras e jogos propostos pelo ensino lúdico devem ser capazes de estimular as potencialidades dos estudantes da educação infantil para um desenvolvimento saudável.
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